
“Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro: viu e acreditou.”
Ver e acreditar: eis o convite deste dia que o Senhor fez, o dia por excelência, a festa das festas, o coração do mistério da nossa fé.
Os dois discípulos correram ao sepulcro, mas aquele que corria à frente, acreditou: viu, não um túmulo vazio, mas os sinais que permitiram intuir, na ausência, o inefável.
Aspirai às coisas do alto, dizia S. Paulo, onde a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Assim poderíamos resumir a vida de S. Francisco Marto, discípulo escondido de Jesus, cuja morte hoje celebramos.
Na sua candura infantil, dizia acerca do seu sofrimento: “Nossa Senhora disse que íamos a ter muito que sofrer! Não me importo(...) O que eu quero é ir para o Céu”.
A Francisco Marto foi dado contemplar, nos túmulos da sua curta vida- no sofrimento, na humilhação, no pecado-, a presença fascinante de Deus que o fazia desejar o Céu.
Aspiremos às coisas do Alto pedindo ao Senhor que nos conceda visitar os lugares interiores que nos roubam a esperança, e acreditar que neles está presença salvadora de Cristo Ressuscitado.
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Verónica Benedito, asm
Foto: Bruno van der Kraan