“Ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10, 11)
Neste quarto domingo da Páscoa, o Evangelho traz-nos à memória Jesus, o Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e dá a vida por elas. Jesus ocupa-se das suas ovelhas, não as abandona e não as quer dispersas. Haverá um só rebanho porque será um só o Pastor e uma só a sua voz.
Também as três crianças de Aljustrel conheceram o valor que tem pertencer a um corpo, a uma família, a um rebanho. A ir. Lúcia escrevia, nas suas Memórias, que excetuando o laço de sangue que os unia, nada os ligava. Escrevia até, a Lúcia, que a presença da Jacinta lhe era, por vezes, bastante antipática (MIL I). Mas, então, o que aconteceu?
Aconteceu que, ouviram a voz do Pastor, através da Senhora do Rosário, e que Ele juntou o que andava disperso, pelo dom que fez de si próprio àqueles três corações sedentos de Céu.
Foi o Pastor que possibilitou ao Francisco dizer à Lúcia: “não sei como é: antes, não me importava muito de ti, vinha por causa da Jacinta, mas agora, pela manhã, já nem posso dormir com a pressa de vir para o pé de ti.”(MIL IV)
Que possamos, também nós, encontrar a beleza do Corpo que é a Igreja, conduzidos pelo Bom Pastor que é a fonte da unidade e da nossa paz.
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Verónica Benedito, asm