“A luz e a graça aos pés do sacrário”

Lúcia de Jesus viveu nesta terra até ao dia 13 de fevereiro de 2005 e, da sua marca na história, permanece ainda hoje, para além da sua obediência total, a sua capacidade de intercessão.

Desde pequena, após as aparições e durante toda a sua longa vida, fez-se presença intercessora de tantos, junto do sacrário. Com o Francisco, deverá ter passado horas a desfiar as suas contas junto a Jesus Escondido. Com a Jacinta, deve ter passado outras tantas horas a relembrar e a rezar pelas muitas intenções que lhes confiavam. Assim se tornou tão grande intercessora, guardando no seu coração, como Nossa Senhora guardava, a humanidade e as suas preocupações.

Talvez, possamos comparar esta atitude, que Lúcia desenvolveu tão fielmente na sua vida, com a postura da Rainha Ester junto do Rei Assuero, pedindo pelo seu povo. Pelo coração de ambas passava a amargurada vida do seu povo e de ambas saiu um pedido amoroso de intercessão por aqueles que mais precisam. Tanto em Ester como em Lúcia de Jesus, foi o tempo passado em oração que fez despertar o seu coração-sacrificado que Deus tanto amou.

Um coração assim, intercessor, une a humanidade a Deus e Deus à humanidade, é canal de graça e de luz da parte de Deus para os homens e mulheres do nosso tempo.

No dia de hoje, relembramos como Lúcia de Jesus foi, também ela, uma luz aos pés do sacrário e desse sacrário recebeu sempre Luz e Graça. A sua oração por cada um de nós permanece herança da qual todos nós beneficiamos graça sobre graça.

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Sophie Alves, asm 
13 de fevereiro de 2022